A dança do ventre e os seus PRÉ-Conceitos

Quem leu o post anterior já sabe que eu comecei a dançar muito novinha (7 anos), o que eu não sei se eu citei é que eu fui uma criança obesa até os meus 14 anos. Aí você vai me perguntar, mas o que isso tem haver com o título da postagem? simples! PRÉ-CONCEITO. Vamos ao dicionário:

preconceito 

pre.con.cei.to 
sm (pre+conceito1 Conceito ou opinião formados antes de ter os conhecimentos adequados. 2 Opinião ou sentimento desfavorável, concebido antecipadamente ou independente de experiência ou razão. 3 Superstição que obriga a certos atos ou impede que eles se pratiquem. Sociol Atitude emocionalmente condicionada, baseada em crença, opinião ou generalização, determinando simpatia ou antipatia para com indivíduos ou grupos. P. de classe: atitudes discriminatórias incondicionadas contra pessoas de outra classe social. P. racial: manifestação hostil ou desprezo contra indivíduos ou povos de outras raças. P. religioso: intolerância manifesta contra indivíduos ou grupos que seguem outras religiões.



Aí provavelmente você vai me perguntar, ahhh Nanda, está falando do preconceito com gordinhos na dança, certo? e a resposta é NÃO!. Estou falando do "pré-conceito" com a dança. Afinal você já notou como em pleno século XXI as pessoas ainda torcem o nariz quando ouvem dizer que alguém pratica Dança do Ventre? Eu não sei vocês, mas nesses meus 18 anos de dança já ouvi coisas do tipo "dança do acasalamento" até insinuações com prostituição. Achou isso pesado? Mas é a verdade!. Quantas professoras, já receberam ligações de indivíduos solicitando shows em despedidas de solteiro ou shows particulares? O que eu fico me perguntando é: ATÉ QUANDO? Porque antigamente não tínhamos tanto acesso as informações, FATO!, porém hoje em dia vivemos na era do GOOGLE, wikipedia, dicionários online, sites históricos, o que falta mesmo é BOM SENSO E ACESSO A INFORMAÇÃO. Embora muitas pessoas tenham mente aberta, ainda existe muito preconceito num contexto geral. Sem contar que o julgamento existe dentro e fora do meio, quem nunca ouviu: "não vou praticar dança do ventre pq dá barriga" " não pratico essa dança pq é vulgar" "você está na dança certa pois tem barriguinha" e assim vai. Já sofri preconceito de todas as formas, por ser gordinha, por ser muito alta, por ter um estilo diferente, por falar o que penso.

Agora abrangendo o tema para a dança, o universo "bellydance", existe sim muito preconceito, e o mesmo vem de todas as partes e de todas as maneiras, não quero entrar neste mérito, pois muitas bailarinas já o fizeram e infelizmente é um tema que nunca tem uma repercussão positiva no meio, porém o que eu sinto de verdade é que existe preconceito de todas as maneiras, o que causa uma negatividade desnecessária me trazendo a sensação de que caminhamos pra trás no processo de raciocínio e respeito com o próximo. O preconceito existe para quem é negro, pra quem é branco, pra quem é gordo, pra quem é magro, pra quem é alto, pra quem é baixo, pra quem usa cabelos longos, pra quem usa cabelos curtos, pra quem tem muitas tatuagens, pra quem dança moderno, pra quem dança clássico, pra quem faz fusão, pra quem dança folclore, pra quem curte percussão... A questão é, o que faz você especial, é ser o que você é, e não o que querem que seja, é fazer o seu melhor, é beneficiar as pessoas com o seu trabalho, é ensinar as suas alunas a apreciar outros trabalhos e outras professoras, é fazer o seu melhor, é exercitar mais e criticar menos, é fazer acontecer mais, e desmerecer menos, é agregar mais e criticar menos. Isso não quer dizer, que você tem que ser obrigado a gostar de tudo, ou agradar a todos, de forma alguma!. Mas o nosso meio precisa de mais união, e menos PRÉ-CONCEITO, seja lá o que for, ou sobre quem for.

Eu acredito na divergência de opiniões, e penso que se não fosse isso, tudo seria sempre igual, e as coisas não evoluiriam. Tudo que é diferente, nos causa uma sensação, vai agradar ou não, vai te fazer buscar mais ou vai te fazer saber o que não quer pra sí, mas mesmo assim, não deixa de ser válido.

Deixo aqui uma reflexão, sem críticas, sem ofensas, apenas uma reflexão de quais são os meus conceitos.


Bellybeijos, Namastê.